terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Jesus Nasceu



Maria e José viajaram para Belém. Era muito longe. Maria estava grávida, e o bebê ia nascer em breve.
Todas as hospedagens estavam lotadas. Maria e José ficaram num estábulo onde dormiam animais. Jesus nasceu enquanto eles estavam lá.
Perto dali, pastores nos campos estavam vigiando suas ovelhas. Um anjo apareceu e mandou que fossem a Belém ver o bebê recém-nascido.
Os pastores encontraram o estábulo onde estavam Maria e José. Lá, numa manjedoura, estava o menino Jesus, envolto em panos. Ele seria o Salvador do mundo inteiro.
No Natal, nossos familiares e amigos às vezes nos dão presentes. Mas o maior presente de todos é o que o Pai Celestial nos ofertou. Ele enviou Seu próprio Filho, Jesus Cristo, para nascer na Terra.

TRANSFORME SUA CAIXA VELHA, NUMA CAIXA LINDA DE PRESENTE!











MATERIAIS: FITA ARAMADA COM ESTAMPA DA SUA PREFERÊNCIA; PISTOLA PARA COLA QUENTE, FITILHO DE TECIDO, E.V.A COR DE SUA PREFERÊNCIA E UMA CAIXA.
DEPOIS É SÓ USAR A SUA CRIATIVIDADE!

Minha Canção de Natal Preferida

Minha Canção de Natal Preferida


Só dei o devido valor à canção dela quando percebi para quem ela estava realmente cantando.
Ilustração: Dan Burr
Lembro que era um típico jantar de Natal de uma ala: mesas cobertas com papel de presente vermelho e verde, jantar servido em pratos descartáveis, crianças pequenas correndo por todo lado e o som alegre de membros da ala pondo a conversa em dia. De alguma forma, alguém conseguira acalmar o burburinho para orar pedindo a bênção do alimento; e, em seguida, todos começaram a comer. A parte espiritual estava prestes a iniciar-se.
Não era minha ala. Eu tinha ido com uma amiga à festa da ala dela, por isso não conhecia muitas pessoas. Queríamos ir embora mais cedo, mas a mãe dela nos convenceu a ficar para a apresentação.
O primeiro número foi o das crianças da Primária, que entraram no palco com auréolas douradas na cabeça. Cantaram um hino e depois saíram do palco em meio a atropelos e risadinhas, deixando um rastro de enfeites dourados pelo chão.
Em seguida, dois pianistas tocaram músicas alegres. O primeiro pianista tocou “Erguei-vos Cantando” (Hinos, nº 122) sem errar uma única nota. O outro, um menino, sentou-se ao piano e não tirava os olhos tristes da mãe, que então começou a marcar a batida para ajudá-lo. O garoto suspirou, virou-se para o instrumento e tocou da melhor forma possível “Up on the Housetop” [No Alto do Telhado].
Em seguida veio uma de minhas musicais preferidas, “C-h-r-i-s-t-m-a-s” [N-a-t-a-l].
Vi uma irmã de ombros curvos com uma mão imóvel junto ao corpo andar com dificuldade até o piano. Um quadril ficava mais baixo do que o outro, e ela esboçou um sorriso meio torto antes de começar. Admito que duvidei erroneamente da qualidade da apresentação.
“Quando eu era pequena, o Natal significava uma coisa”, cantou ela. A música passou a contar como uma criança aprende a soletrar a palavraNatal e descobre o verdadeiro significado da data.
Sua boca não se mexia de um lado e ela tinha dificuldade para pronunciar as palavras.
Cautelosamente olhei ao redor da sala e observei o rosto dos membros da ala. Ninguém parecia constrangido. Na verdade, estavam sorrindo e ouvindo com satisfação.
Ela continuou a cantar e voltou o rosto para cima, fixando o olhar num ponto em algum lugar no teto. Após alguns instantes, eu também olhei para cima, mas vi apenas telhas. Mas, quando olhei para ela de novo, notei lágrimas brilhando em seus olhos.
Quando ela terminou, a plateia aplaudiu efusivamente. Ela ficou ruborizada. Quando voltou para seu assento, os membros da ala lhe tocaram o braço e os ombros para externar gratidão genuína. Uma irmã, sentada perto de mim, deu-lhe os parabéns; e ela respondeu com doçura: “Obrigada. Espero que Ele tenha gostado”.
Ele? Para quem ela tinha cantado? Ao me fazer essa pergunta, soube a resposta. Percebi que ela não cantara para ninguém naquele recinto. Não se apresentara para receber a aprovação do público. Cantara ao Salvador para louvá-Lo.
Muitos Natais se passaram desde aquele jantar da ala, e ouvi a música “C-h-r-i-s-t-m-a-s” ser cantada por vozes muito bem treinadas. Mas a versão que ouvi naquele Natal, cantada de modo inusitado, mas verdadeiramente sincero, é a que jamais esquecerei.

Ó Vinde, Adoremos!

Ó Vinde, Adoremos

Extraído do discurso devocional “A Child Is Born” (Um Menino Nos Nasceu), proferido em 9 de dezembro de 2008, na Universidade Brigham Young. Para o texto integral em inglês, entre no site speeches.byu.edu.

Bruce D. Porter
De tudo aquilo que nos aprisiona — pecados, circunstâncias ou acontecimentos passados —, o Senhor Jesus Cristo, o grande Emanuel, veio nos libertar.
Mais de 700 anos antes do nascimento de Jesus Cristo, Isaías profetizou sobre Ele em palavras eternizadas por Georg Friedrich Händel no oratórioO Messias: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Isaías 9:6).
O Messias, de Händel, também dá gloriosa vida musical à seguinte admoestação baseada em Isaías 40:9: “Tu, ó Sião, que anuncias boas novas (…). Tu, ó Jerusalém, que anuncias boas novas, levanta a tua voz fortemente; levanta-a, não temas, e dize às cidades de Judá: Eis aqui está o vosso Deus”.1
Eis vosso Deus, nascido em Belém e envolto em panos. Eis vosso Deus, nascido na pobreza e simplicidade para caminhar entre as pessoas comuns como homem comum. Eis vosso Deus, sim, o infinito e eterno Redentor, que Se fez carne e veio habitar na própria Terra que Ele criara.
Voltem comigo àquele primeiro Natal sagrado, em Belém, para contemplar o nascimento de nosso Senhor. Ele veio na calada da noite, no meridiano dos tempos, Ele que é Emanuel (ver Isaías 7:14), o Tronco de Jessé (ver Isaías 11:1), o Oriente (ver Lucas 1:78), o Senhor Todo-Poderoso (ver II Coríntios 6:18). Seu nascimento marcou a visita prometida do Criador à Terra, a condescendência de Deus para com o homem (ver 1 Néfi 11:16–27). Como Isaías escreveu sobre o acontecimento: “O povo que andava em trevas, viu uma grande luz, e sobre os que habitavam na região da sombra da morte resplandeceu a luz” (Isaías 9:2).
Sabemos por revelação moderna que o Rei preordenado de Israel veio à Terra na primavera (ver D&C 20:1). Miqueias profetizou que Ele nasceria em Belém — “pequena entre os milhares de Judá” (Miqueias 5:2). O vilarejo de Seu nascimento estava à sombra da poderosa Jerusalém, situada a oito quilômetros ao norte. Jerusalém era a capital da Judeia, sede do templo e bastião do poderio romano. Belém, por outro lado, era uma cidade pastoral, rústica e agrária. Só era conhecida por ser o local de nascimento de Davi, o antigo rei de Israel, por meio de cuja linhagem nasceria Cristo. Portanto, o pequeno povoado era comumente conhecido como a Cidade de Davi. Seu nome hebraico, Beth Lechem, significava “casa de pão”,2 um nome sem nenhum significado particular até o nascimento Daquele que viria a ser conhecido como o Pão da Vida.
Os campos ao redor de Belém abrigavam inúmeros rebanhos de ovelhas; e o início da primavera era o período tradicional de nascimentos. Os pastores ficavam acordados quase todas as noites, cuidando de suas ovelhas sob o límpido céu noturno, por isso os anjos que anunciaram o nascimento do Salvador não precisaram despertá-los.

O Cordeiro de Deus

O menino que chegou naquele período de nascimentos é conhecido como “o Cordeiro de Deus” (João 1:29; 1 Néfi 11:31D&C 88:106). É um título de significado profundo, pois Ele chegou com os cordeiros e, um dia, “como um cordeiro [seria] levado ao matadouro” (Isaías 53:7). No entanto, paradoxalmente, Ele também era o Bom Pastor (ver João 10:11), que Se preocupa com os cordeiros. Assim, esses dois símbolos de Sua vida representam tanto aqueles que servem quanto os que recebem o serviço. Nada mais adequado que Cristo desempenhasse ambos os papéis, pois em vida Ele “desceu abaixo de todas as coisas” (D&C 88:6) e na eternidade “subiu ao alto” e “todas as coisas estão ao seu redor” (D&C 88:6, 41). Ele conhecia a vida de todos os lados e todos os ângulos, tanto acima como abaixo. Aquele que foi o maior Se fez o menor — o Pastor Celestial que Se tornou o Cordeiro.
Sua vinda foi mais do que simplesmente o nascimento de um grande profeta, o advento de um herdeiro prometido ao trono real ou até mesmo a chegada da única pessoa perfeita a jamais viver na Terra. Foi a vinda do Deus do céu “de carne revestido”.3
Jesus Cristo é o Criador do mundo e o Grande Jeová do Velho Testamento. Foi Sua voz que ressoou no Monte Sinai, Seu poder que susteve o povo escolhido de Israel em sua errância e Sua presença que revelou a Enoque, Isaías e todos os profetas a glória do que estava por vir. É nisto que reside o maior milagre da Natividade: quando o Deus e Criador do céu e da Terra Se revelou pela primeira vez em pessoa ao mundo, Ele decidiu fazê-lo como uma criança indefesa e dependente.
Uma antiga tradição hebraica dizia que o Messias nasceria na Páscoa judaica. Sabemos que aquele mês de abril, no meridiano dos tempos, de fato caiu na semana da festa da Páscoa — a sagrada comemoração judaica da salvação de Israel do anjo destruidor que levou a morte aos primogênitos do Egito. Toda família israelita que sacrificou um cordeiro e passou o sangue dele nos umbrais de madeira da casa foi poupada (ver Êxodo 12:3–30). Trinta e três anos após o nascimento de Cristo na Páscoa, Seu sangue manchou as vigas de madeira de uma cruz para salvar Seu povo dos anjos destruidores da morte e do pecado.
A festa da Páscoa pode ter sido a razão pela qual não havia lugar na estalagem para Maria e José. A população de Jerusalém aumentava durante a Páscoa em dezenas de milhares, obrigando os viajantes a buscar hospedagem nas cidades periféricas. Maria e José foram a Belém, terra dos antepassados de José, para participar do recenseamento imperial ordenado por César Augusto. Para atender às exigências do recenseamento, eles poderiam ir a Belém em qualquer época do ano, mas é provável que tenham escolhido a Páscoa porque a lei mosaica exigia que todos os homens se apresentassem em Jerusalém nessa festa.4 Como Belém ficava muito perto da Cidade Santa, o casal de Nazaré poderia cuidar das duas obrigações ao mesmo tempo.
O estalajadeiro acabou entrando para a história negativamente. No entanto, dada a aglomeração em toda a região durante a Páscoa, não podemos culpá-lo por não ter vaga para o casal de Nazaré. Enquanto a maioria dos peregrinos da Páscoa acampava em milhares de tendas erguidas nas planícies ao redor de Jerusalém, milhares de outras pessoas procuravam refúgio nos abrigos locais, conhecidos como caravançarás. Não há dúvidas de que a estalagem de Belém estava lotada; e é bem provável que a sugestão do estábulo feita pelo estalajadeiro tenha sido um ato de bondade genuína.
Mesmo que o casal encontrasse lugar na hospedaria, a acomodação também teria sido bastante rústica. Um caravançará típico daquela época era uma estrutura de pedra constituída de uma série de pequenos cômodos, cada um com apenas três paredes e aberto de um lado. É bem provável que o estábulo, por outro lado, fosse um pátio murado ou até mesmo uma gruta de calcário, onde eram guardados os animais pertencentes aos hóspedes.5 Quer tenha ocorrido num pátio, numa gruta ou em outro refúgio, o nascimento de Cristo no meio dos animais teve uma vantagem evidente em relação ao interior lotado de uma estalagem: ali pelo menos havia paz e privacidade. Nesse sentido, a oferta do estábulo foi uma bênção, permitindo que o nascimento mais sagrado da história da humanidade acontecesse em reverente solidão.

Liberdade para os Cativos

Sete séculos anos antes daquele primeiro Natal, o profeta Isaías escreveu uma profecia messiânica que o Salvador posteriormente viria a ler para Seus concidadãos de Nazaré: “O Espírito do Senhor Deus está sobre mim; porque o Senhor me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos” (Isaías 61:1; ver também Lucas 4:18–19).
Ao lermos sobre a missão de Cristo de proclamar a liberdade aos cativos e abrir as portas da prisão para aqueles que estão acorrentados, é provável que pensemos primeiro em Seu ministério no mundo espiritual entre os mortos. Mas todos nós somos cativos — cativos da corrupção e da fraqueza de um corpo mortal e sujeitos às tentações da carne, à enfermidade e, por fim, à morte — e todos precisamos ser libertados.
De tudo aquilo que nos aprisiona — pecados, circunstâncias ou acontecimentos passados — o Senhor Jesus Cristo, o grande Emanuel, veio nos libertar. Ele proclama a liberdade aos cativos e a liberdade dos grilhões da morte e da prisão do pecado, da ignorância, do orgulho e do erro. Foi profetizado que Ele diria aos prisioneiros: “Saí” (Isaías 49:9). A única condição de nossa liberdade é que nos acheguemos a Ele com o coração quebrantado e o espírito contrito, nos arrependamos e procuremos fazer Sua vontade.
Há cerca de 30 anos, conheci um homem a quem chamarei de Thomas. Ele tinha 45 anos quando o conheci. Vinte anos antes, seus pais tinham se filiado à Igreja. Thomas não demonstrou o menor interesse na nova religião dos pais. Mas seus pais o amavam e nutriam a esperança de que um dia o filho fosse levado a conhecer a verdade do evangelho restaurado. Com o passar dos anos, eles tentaram várias vezes convencê-lo a pelo menos receber a visita dos missionários e ouvir sua mensagem. Ele se recusou obstinadamente e zombava dos pais por causa de sua fé religiosa.
Certo dia, desesperada, a mãe disse: “Thomas, se você ouvir as palestras missionárias uma única vez, prometo nunca mais tocar no assunto da Igreja com você”. Thomas aceitou o trato e concordou em ouvir os missionários. Nas três primeiras palestras, simplesmente se sentou impassível, cheio de orgulho, ocasionalmente caçoando das palavras dos élderes.
Na quarta palestra, acerca da Expiação de Jesus Cristo e dos primeiros princípios do evangelho, Thomas não disse nada, mas ficou num silêncio incomum e passou a ouvir com atenção. Ao fim da lição, os élderes prestaram testemunho do Salvador. Foi então que um dos missionários se sentiu inspirado a abrir a Bíblia e ler estas palavras:
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas” (Mateus 11:28–29).
Sem aviso prévio, Thomas irrompeu em pranto. “Estão tentando dizer que Cristo pode perdoar-me de meus pecados?” perguntou ele. “Já fiz coisas terríveis na vida. A lembrança de meus pecados me atormenta. Eu faria qualquer coisa para me livrar da culpa que sinto.”
Seu orgulho tinha sido uma fachada que ocultava uma alma prisioneira do pecado e da culpa. Os élderes garantiram a Thomas que Cristo lhe perdoaria e o livraria do peso da culpa caso ele se arrependesse e fosse batizado e confirmado. Em seguida, prestaram testemunho do poder da Expiação. Daquele momento em diante, tudo mudou na vida de Thomas. Ele tinha muito do que se arrepender e muito a sobrepujar, mas por meio das bênçãos do Senhor ele se tornou digno do batismo.
Mais de 20 anos depois, ao sentar-me na capela do Templo de Frankfurt Alemanha, um homem de cabelos grisalhos à minha frente virou-se e perguntou: “O senhor não é o Élder Porter?” Para minha grande alegria, reconheci Thomas — um homem liberto da escravidão pelo poder de Jesus Cristo e ainda fiel à Igreja de Senhor.
Talvez este Natal seja a ocasião de assumirmos a determinação de buscar o Pai Celestial humildemente em oração e pedir que o poder de Seu Filho Amado esteja conosco em nossa vida diária e nos liberte de nossas formas pessoais de cativeiro, grandes ou pequenas.

Ó Noite Santa

Em dezembro de 1987, cerca de duas semanas antes do Natal, viajei para Israel a trabalho. Infelizmente não era um momento de paz na Terra Santa. Havia manifestações na Cisjordânia, as ruas da Cidade Velha de Jerusalém estavam desertas e as lojas estavam fechadas com tábuas. A tensão política no ar era palpável e, para piorar a situação, choveu e fez frio durante quase toda a semana. Com medo da violência, a maioria dos turistas evitava aquela região. No entanto, ao andar por Jerusalém, senti paz no coração por saber que estava na cidade que o Redentor tanto amava.
Voltei para os Estados Unidos na noite de sexta-feira antes do Natal. Quando o Dia do Senhor amanheceu, dois dias depois, meu despertador me acordou ao som da música “Ó Noite Santa”:
O Rei dos reis nasceu numa pobre manjedoura,
Para ser, em todas as nossas provações, nosso amigo.6
A música e a mensagem me tocaram profundamente, e chorei ao pensar no glorioso sacrifício e na vida perfeita do Redentor de Israel — Aquele que nasceu para ser o amigo dos humildes e a esperança dos mansos. Pensei no que vivenciei em Jerusalém, e todo o meu ser se encheu de amor por Aquele que viera à Terra e tomara sobre Si os fardos de todos nós. Foi arrebatador pensar que Ele podia me considerar um amigo. Nunca esqueci os doces sentimentos daquela manhã de domingo, que foram o testemunho mais puro que já recebi.
Presto testemunho do Salvador do mundo. Sei que Ele vive. Sei que foi preordenado antes da Criação do mundo para proclamar a liberdade aos cativos. Em virtude de Seu nascimento e Sua vida, digo: “Ó vinde, adoremos”.7

Familiares e Amigos Eternos

Henry B. Eyring
Onde quer que moremos, temos amigos em busca da sublime felicidade que encontramos vivendo o evangelho restaurado de Jesus Cristo. Talvez eles não consigam descrever essa felicidade com palavras, mas a reconhecem ao verem-na em nossa vida. Eles ansiarão por conhecer a fonte dessa felicidade, sobretudo quando virem que enfrentamos provações tal como eles.
Sentimos felicidade ao guardar os mandamentos de Deus. Esse é o fruto prometido da prática do evangelho (ver Mosias 2:41). Não obedecemos fielmente aos mandamentos do Senhor para ser vistos pelos outros, mas as pessoas que observam nossa felicidade estão sendo preparadas pelo Senhor para ouvir as boas novas da Restauração do evangelho.
As bênçãos que recebemos criam obrigações e oportunidades maravilhosas para nós. Como discípulos de Jesus Cristo que assumiram convênios, temos a obrigação de oferecer aos outros, sobretudo nossos amigos e familiares, a oportunidade de encontrar maior felicidade.
O Senhor viu nossa oportunidade e descreveu nossa obrigação com este mandamento: “Todo aquele que for advertido deverá advertir seu próximo” (D&C 88:81).
O Senhor facilita o cumprimento desse mandamento por meio da mudança que ocorre em nosso coração quando aceitamos e vivemos o evangelho de Jesus Cristo. Consequentemente, cresce nosso amor pelos semelhantes, assim como nosso desejo de que desfrutem a mesma felicidade vivenciada por nós.
Um exemplo dessa mudança é nossa disposição de ajudar no trabalho missionário do Senhor. Os missionários de tempo integral logo se dão conta de que podem esperar de um verdadeiro converso uma reação calorosa a um pedido de referências. Os conversos desejam muito que seus amigos e familiares sintam a mesma felicidade que eles têm.
Quando o líder da missão da ala ou os missionários nos pedem nomes de alguém para ensinar, estão nos fazendo um grande elogio. Sabem que nossa felicidade foi notada pelos amigos e, portanto, eles foram preparados para ouvir e aceitar o evangelho. E eles têm a confiança de que seremos os amigos de que esses conversos precisarão ao entrarem no reino.
Não precisamos ter medo de perder amigos por convidá-los a receber os missionários. Tenho amigos que rejeitaram os missionários, mas me agradeceram por anos a fio por oferecer-lhes algo que eles sabiam ser tão precioso para mim. Podemos fazer amigos eternos ao oferecer-lhes o evangelho, algo que eles percebem que nos trouxe felicidade. Nunca perca uma oportunidade de convidar um amigo e, sobretudo, um familiar para escolher seguir o plano de felicidade.
Não há maior oportunidade para esse convite do que nos templos da Igreja. Lá o Senhor pode proporcionar as ordenanças de salvação a nossos antepassados que não puderam recebê-las em vida. Os olhos deles estão voltados para nós, cheios de amor e esperança. O Senhor prometeu que eles terão a oportunidade de entrar em Seu reino (ver D&C 137:7–8) e semeou amor por eles em nosso coração.
Muitos de nós sentem alegria ao oferecer as ordenanças do templo aos outros, assim como sentimos ao passar nomes de pessoas para os missionários ensinarem. Sentimos uma alegria ainda maior ao realizarmos ordenanças por nossos antepassados. Foi revelado ao Profeta Joseph Smith que nossa felicidade eterna só será possível se oferecermos a possibilidade dessa bênção a nossos antepassados por meio das ordenanças vicárias do templo (ver D&C 128:18).
No Natal nosso coração se volta para o Salvador e para a alegria que Seu evangelho nos proporciona. A melhor maneira de mostrar nossa gratidão a Ele é oferecer essa felicidade aos outros. A gratidão torna-se alegria ao indicarmos pessoas aos missionários e levarmos nomes de antepassados ao templo. Essa prova de nossa gratidão pode resultar em amizades e relacionamentos familiares eternos.

Ensinar Usando Esta Mensagem

O Presidente Eyring explica que podemos mostrar nossa gratidão pelo Salvador compartilhando o evangelho com as pessoas. Você pode discutir com as pessoas a quem ensina sobre como o dom do evangelho já abençoou a vida delas. Convide-as a identificarem em espírito de oração com quem desejariam partilhar o dom do evangelho e como podem fazê-lo.
Crianças

Preste Testemunho

Você pode partilhar o dom do evangelho neste Natal dando a um amigo ou vizinho um Livro de Mórmon com seu testemunho escrito dentro. Para isso, siga estes passos:
  1. 1. 
    Numa folha de papel, faça um retângulo de 12 cm x 17 cm e peça ajuda a um adulto para recortá-lo.
  2. 2. 
    Coloque uma imagem sua — um desenho ou uma fotografia — no alto da página.
  3. 3. 
    Escreva seu testemunho logo abaixo da imagem.
  4. 4. 
    Peça a um adulto que o ajude a fixar o papel na contracapa do Livro de Mórmon.
Jovens

Será Que Eu Conseguiria Dar um Livro de Mórmon?

O autor mora em Washington, EUA.
Em meu primeiro ano do Ensino Médio, meu professor do seminário convidou a classe a dar exemplares do Livro de Mórmon a amigos não membros. Embora eu fosse extremamente tímido, aceitei o desafio.
Demorei uns dois dias para criar coragem, mas finalmente dei o livro à minha amiga Britny na hora do almoço e prestei um breve testemunho. Britny agradeceu-me pelo livro.
No fim daquele ano letivo, Britny mudou-se, mas mantivemos contato. Ela me contou sobre sua nova escola e disse que quase todos os seus amigos eram membros da Igreja, mas nunca me falava de coisas espirituais.
Isso mudou antes de eu sair em missão. Recebi uma mensagem de Britny dando uma grande notícia: ia ser batizada e queria me agradecer por ser seu amigo e dar um bom exemplo.
Deus usou um rapaz tímido de 15 anos sem nenhuma experiência missionária para partilhar o evangelho com alguém que Ele sabia que ia aceitá-lo. Sei que, se ouvirmos o Espírito, todos nós encontraremos pessoas a nossa volta que estão esperando para aprender sobre o evangelho restaurado. Sei que, se ajudarmos a trazer ainda que uma única pessoa para o Senhor, “quão grande será [nossa] alegria com ela no reino de [nosso] Pai!” (D&C 18:15).

A LIAHONA, DEZEMBRO 2013